terça-feira, 8 de junho de 2010

ASSEMBLÉIA ESTADUAL SÁBADO, 12 DE JUNHO, ÀS 10 DA MANHÃ

Primeiro fui olhar o site do Sindicato, mas não encontrei nada. Então resolvi telefonar para o Sindicato e confirmei: haverá assembléia neste sábado, às 10 da manhã. Vamos lá!
O QUE PRECISA PARA MELHORAR O NOSSO SINDICATO?
PARTICIPE DA NOSSA PESQUISA


Queremos abrir desde já um canal de comunicação com todos os trabalhadores em Rádio e TV, para que possamos, além de manter atualizadas as informações sobre os problemas da categoria, mapear as opiniões dos trabalhadores sobre o Sindicato (como está e como deve ser), para elaborar um planejamento para melhorar nossa entidade. Por isso estamos lançando uma PESQUISA: FALA, RADIALISTA! Você pode responder em poucos minutos e já devolver pra gente ou acessar e responder pelo link: http://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dFQ0bjZiRjZ2OUFUNG53RndoSGZqTlE6MQ. Siga nosso blog, acompanhe as notícias. Se informe, participe, opine!

Mande um e-mail, mande notícias, se cadastre para receber nossos informes. Não enviaremos nenhum tipo de propaganda e protegeremos nossa lista de contatos. Nosso e-mail: radcut@uol.com.br

quarta-feira, 2 de junho de 2010




Boletim Informativo da Oposição Sindical dos Radialistas/SP Nº 2 Junho/2010


Campanha Salarial 2010
UNIDADE EM DEFESA DOS DIREITOS E CONQUISTAS!

Saiu no Estadão, Caderno 2, em 25/03: a TV aberta faturou quase R$ 10,5 bilhões com a receita publicitária líquida em 2009; destes, 73,5%, cerca de R$ 7 bilhões, ficaram com a GLOBO, 10,1% com a Record, seguidas por SBT, com 8,7%, Band, com 4,9% e Rede TV, com 1,9%. As demais emissoras dividiram o restante, que representa 0,9 %. Os dados fazem parte de um levantamento do Projeto Inter-Meios, que calcula o investimento publicitário de mídia no país.

A Folha Ilustrada de 24/05 noticia nova projeção do Inter-Meios para 2010: crescimento de até 15% no faturamento, superando em 5% a expectativa inicial, de 10%. O mercado, aquecido pela Copa e pelas eleições, cresceu mais de 25% no 1º trimestre, comparado ao mesmo período em 2009!


EMISSORAS CRESCEM, MAS TRABALHADORES ESTÃO FICANDO NA MÃO!

Na TV Record, além de demissões e terceirizações, falta atenção com a saúde e a segurança do trabalhador. Depois da queda do helicóptero, ainda não suficientemente esclarecida, agora um acidente no mar tirou a vida de mais um radialista. É preciso investir nas condições de segurança no trabalho!!!

O SBT, que recentemente demitiu quase 100 trabalhadores numa tacada só, está enrolando há 3 anos a prometida equiparação salarial (mesma função, mesmo salário) para trabalhadores de todos os setores, coisa que a maioria ainda não viu.

A BAND continua crescendo às custas do calote nas horas-extras e acúmulos de função ilegais, e demite dezenas de profissionais com a desculpa das novas tecnologias. As leis trabalhistas, a lei dos radialistas e o Acordo Coletivo não têm que ser cumpridos?

Na RTV CULTURA, os radialistas continuam esperando o pagamento dos Acordos de 2003 e 2004 e do abono de 2009, que motivou a greve. A emissora mantém centenas de trabalhadores como PJ e ameaça deixar o pessoal da TV ASSEMBLEIA fora de um plano de recuperação salarial, “porque é um serviço contratado, com um valor”!!!

A maior parte dos radialistas, nas diversas emissoras, enfrenta retirada de benefícios, acúmulos e desvios de função, jornadas super-estendidas, falta de escalas de trabalho, desrespeito de chefias despreparadas, pressões de todos os tipos, além de terceirização e arrocho salarial.


RETA FINAL DA CAMPANHA.
O QUE FAZER PARA ENFRENTAR OS PATRÕES?


Nós entendemos que o Sindicato deve informar melhor a categoria, especialmente os jovens radialistas, sobre seus direitos, sobre a importância do Sindicato, da nossa união e organização, que são as peças-chaves para defender e lutar por nossos direitos.

Os radialistas precisam de mais informação e divulgação sobre a Campanha, propostas de mobilização, ações que garantam uma participação maior da categoria, como, por exemplo, plebiscitos. A atual diretoria deve empenhar todos os seus esforços na Campanha, para enfrentar a intransigência patronal. Nós apoiaremos todas as iniciativas para que ela seja vitoriosa.

SOMOS RADIALISTAS!

Formados ou não em escolas, mas forjados no trabalho, somos parte de uma categoria que conquistou sua regulamentação profissional, enfrentando patrões fortemente ligados ao poder político e econômico.
A Lei do Radialista (Lei Nº 6.615, de 16/12/1978, regulamentada pelo Decreto Nº 84.134, de 30/12/1979) estabelece que é radialista todo trabalhador que exerça funções relativas à realização de programas de rádio e televisão, em emissoras e outras empresas similares, inclusive produtoras ou em circuitos fechados.
A Lei estabelece as jornadas reduzidas na maior parte das funções, o contrato de trabalho por função e consequentemente, o pagamento de acúmulo de função, quando ocorre, entre muitos outros direitos.


TODO RADIALISTA PRECISA CONHECER A NOSSA LEI

Mesmo após a regulamentação da profissão, os radialistas ainda sofrem. Uma das formas mais comuns de desrespeito à Lei do Radialista é a imposição de acúmulos e desvios de funções.
É indispensável que todo radialista conheça a legislação profissional, pois a maior parte de nossos direitos está consolidada ali. Só com conhecimento e com união, organizados, poderemos combater os ataques dos patrões que desrespeitam a lei, contando com o descaso e a morosidade da Justiça.


TODO RADIALISTA DEVE TER SEU REGISTRO PROFISSIONAL

Para ser um Radialista, o trabalhador deve ter o Registro Profissional. Embora a legislação seja um pouco confusa sobre a formação do Radialista, principalmente porque são quase 100 funções, desde as iniciais até as de direção, todos devem ter o DRT, emitido pelo Ministério do Trabalho. Além dos diplomas dos cursos técnicos e superiores, que garantem o DRT, o Sindicato emite um Atestado de Capacitação aos trabalhadores “formados na prática”, após uma avaliação sobre o atendimento de critérios. Acontece que o Sindicato tem usado pesos e medidas diferentes para a concessão do Atestado, conforme julga conveniente em cada momento. Ao mesmo tempo, tem uma posição confusa e contraditória sobre o grave problema dos Registros Profissionais falsos.
Nós acreditamos que somente com transparência, participação da categoria e compromisso em enfrentar essas dificuldades, é que poderemos ter critérios e avaliações mais justas na concessão de Atestados de Capacitação e o verdadeiro combate ao DRT falso.

EX-RADIALISTAS?!

No mês passado, estivemos presentes nas principais cidades e regiões do interior e litoral, distribuindo nosso boletim. Ouvimos depoimentos ao vivo e a cores de diversos Radialistas, todos abandonados pelo Sindicato, mesmo nas cidades onde existe presença de diretores da atual gestão, que prometeu várias coisas para ganhar a eleição, mas não cumpre nada.
No último boletim que a atual diretoria distribuiu em todo o Estado (como há muito tempo não se via tanto empenho), há um “alerta de que existe um grupo, na sua maioria de ex-radialistas ligados à CUT, visitando algumas empresas e se apresentando como oposição à atual diretoria”.
Se estão se referindo a ex-diretores do Sindicato, estão equivocados, pois ex-diretor não é ex-radialista, ainda mais se continua sócio do sindicato. Se estão se referindo aos radialistas desempregados que nos apoiam, também estão equivocados, pois, mesmo desempregados, continuam sendo Radialistas profissionais, que estão conosco porque sabem que os respeitamos, diferentemente da atual diretoria.
Quanto a nós, da oposição, se nos tornarmos posição, nunca julgaremos ex-diretor ex-radialista! E se algum atual diretor for demitido por perseguição, seremos os primeiros a lutar contra sua demissão!


UNIDADE NA CUT E NA FITERT!

Os trabalhadores precisam de suas entidades sindicais, para se organizarem independentemente dos patrões e dos governos, exigir respeito aos seus direitos e garantir novas conquistas.

Ainda sob a ditadura militar, a classe trabalhadora brasileira construiu, em 1983, a CUT – Central Única dos Trabalhadores, para unir e organizar suas lutas em nível nacional. Desde 1978, diversos sindicatos retomavam seu papel de representar e defender os interesses dos trabalhadores, papel que não era admitido pelo regime autoritário iniciado em 1964. A CUT também teve papel fundamental na luta pela redemocratização do país. Muita água passou debaixo da ponte, desde então.

Em 86, o Sindicato dos Radialistas/SP filiou-se à CUT. Logo começou a impulsionar, junto com sindicatos de outros estados, a criação de uma nova entidade nacional de Radialistas, pois a existente era totalmente pelega, sem qualquer possibilidade de disputa democrática. Em 1990, foi fundada a FITERT, Federação que reúne a grande maioria dos Sindicatos de Radialistas brasileiros, esvaziando completamente a federação pelega (hoje em dia existe apenas um vestígio burocrático dela, a Fenart).

A grande maioria dos Sindicatos que compõem a FITERT é filiada à CUT e a própria FITERT é filiada à CUT. A maioria dos sindicatos brasileiros é filiada à CUT (são 3.438 entidades filiadas, 7.464.846 sócios e 22.034.145 trabalhadores nas bases). A CUT mantém seus compromissos com a classe trabalhadora e segue sendo a sua principal entidade, organizando diversas lutas, como pelo aumento do salário mínimo, pela Reforma Agrária, em defesa da previdência pública e pela redução da jornada de trabalho, entre outras.

Por tudo isso, entendemos como um grande equívoco que a atual diretoria tenha desfiliado nosso Sindicato da CUT, e lamentamos mais ainda que tenha feito isso em uma assembleia em Itanhaém, impedindo a participação da categoria.

Não é somente o Sindicato que perde com esse isolamento! É toda a categoria, em SP e no Brasil. Por isso, pretendemos, assim que possível, reabrir a discussão (e que seja uma verdadeira discussão) sobre a filiação do Sindicato dos Radialistas/SP à CUT.


O QUE PRECISA PARA MELHORAR O NOSSO SINDICATO?
PARTICIPE DA NOSSA PESQUISA


Queremos abrir desde já um canal de comunicação com todos os trabalhadores em Rádio e TV, para que possamos, além de manter atualizadas as informações sobre os problemas da categoria, mapear as opiniões dos trabalhadores sobre o Sindicato (como está e como deve ser), para elaborar um planejamento para melhorar nossa entidade. Por isso estamos lançando uma PESQUISA: FALA, RADIALISTA! Você pode responder em poucos minutos e já devolver pra gente ou acessar e responder pelo link: http://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dFQ0bjZiRjZ2OUFUNG53RndoSGZqTlE6MQ. Siga nosso blog, acompanhe as notícias. Se informe, participe, opine!

Mande um e-mail, mande notícias, se cadastre para receber nossos informes. Não enviaremos nenhum tipo de propaganda e protegeremos nossa lista de contatos. Nosso e-mail: radcut@uol.com.br

SÓCIO: VOCÊ DECIDE!

Neste ano teremos eleição no Sindicato e quem pode votar e ser votado são os sócios há no mínimo 6 meses. Portanto, se você mudou de empresa ou se aposentou, atualize seu cadastro, para garantir seu direito de participar dessa importante decisão.


DE OLHO NO HOLERITE!

Alerta geral: confira mensalmente seu holerite. Horas extras, adicional noturno, por acúmulo de função, periculosidade, insalubridade, etc, quinquênios, descanso semanal remunerado (DSR)... Não deixe nenhum pagamento de fora, não deixe aparecer nenhum desconto a mais. Muitos trabalhadores, de diversas empresas, vêm percebendo que os cálculos não estão corretos... sempre para menos.

Fique ligado!





DEFENDER OS EMPREGOS
FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS


As novas tecnologias deveriam servir para melhorar a vida dos trabalhadores, mas para os patrões elas têm servido para reduzir os postos de trabalho, jogando os Radialistas no desemprego.

Por exemplo, quando o avanço tecnológico permitiu acoplar o vt nas câmeras de externa, as equipes que antes eram formadas com 3 profissionais (1 operador de câmera, 1 operador de vt e 1 iluminador), foram reduzidas para 2. Essa nova tecnologia deveria permitir que aquele trabalhador que operava o vt pudesse se capacitar para exercer a função de operador de câmera, aumentando o número de profissionais nessa função. Nesse caso, uma emissora que contava, por exemplo, com 10 equipes de externa, poderia contar com 20. Além de garantir o emprego do operador de vt, se abririam mais 10 vagas para iluminador/assistente de câmera. A jornada de trabalho de 6 horas diárias poderia ser restabelecida incorporando o valor das horas extras contratuais nos salários, o que também traria um aumento real nos salários.

Esse princípio, de utilizar as novas tecnologias para melhorar a vida dos trabalhadores garantindo seus empregos, poderia ser aplicado em qualquer outra área do nosso setor. Só não é porque se choca com o princípio do lucro que rege os patrões. Então os patrões inventaram o abelha: pauteiro, motorista, auxiliar, câmera, iluminador, repórter e editor, tudo num cara só!

A evolução tecnológica ocorre em todas as áreas, mudando a vida e o trabalho das pessoas. Em rádio e TV, o impacto é enorme, em todas as etapas de produção e transmissão. Por isso necessitamos de uma diretoria no sindicato que ajude a categoria a se organizar e se mobilizar para impor aos patrões leis que garantam a capacitação e os empregos frente às novas tecnologias.

Precisamos que o Sindicato assuma verdadeiramente essa luta e atue com vontade pela recapacitação profissional.

Não é uma luta fácil. Mas se nenhuma atitude da diretoria do sindicato é tomada para enfrentar essa situação, vamos assistindo, em várias emissoras do interior e na capital, um terrível processo onde a tecnologia só agrava a exploração e o desemprego, como na Band, onde o operador de câmera trabalha sozinho com o repórter, inclusive dirigindo o carro e os jornalistas são obrigados editar as matérias, operando equipamentos e realizando as funções de radialistas.

É inaceitável que tudo isso ocorra no estado do principal sindicato de radialistas do país, que com sua luta poderia fortalecer a unidade dos radialistas brasileiros através da FITERT, para mudar essa situação.

Não são só os radialistas que sofrem com o desemprego por causa das novas tecnologias. Por isso temos que voltar a nos unir com os sindicatos do ramo de comunicação, para lutar junto com os jornalistas, que cada vez mais são obrigados, em nome das novas tecnologias, a assumir as funções de radialistas.

Precisamos também voltar a nos unir também com os demais sindicatos de trabalhadores, saindo do isolamento que a atual diretoria colocou nossa entidade ao se desfiliar da CUT.